31.10.07

Questões pessoais - parte I

Não quero mais entender. Não sei mais como pensar naquilo que me vem à mente todos os dias – como pesadelo recorrente ou sonho sublime, sempre há dúvida quanto a este assunto.

Não há mais definição.

E, refletindo friamente sobre um assunto que não incita nenhum tipo de frieza, é possível perceber que nunca foi necessário definir. Traçar ou impor limites sempre foi medida provisória de medo e/ou insegurança, nada além disso.

Ver o mundo desta forma é a cura para um dilema: entre ser ou não ser, optar pelo primeiro e não questionar traz muito mais conforto do que viver a segunda alternativa na base da procura de respostas que não serão encontradas.

Se eu sei quem sou, isso me dá a condição de saber até que ponto qualquer mudança é possível. E essa linha de pensamento faz com que eu não queira conhecer você o suficiente para saber se há ou não a possibilidade de mudança ou transformação.

Eu posso compreender, conhecer, entender e saber mais, tudo ao mesmo tempo, contanto que seja só um desejo e não uma necessidade.

Hoje, sabemos o que vai ser. Amanhã, talvez. Mas, se eu não souber, é porque eu não preciso saber.

“Paul van Dyk – Tell Me Why

The morning comes
I can understand the reason
And the snow is falling”