7.11.06

Doce novembro

Poesia de novembro

Quis acordar e relembrar como era a vida pela manhã. Aspirar ar puro, renovar os sentidos. Queria sentir, mais uma vez, quanto sobrara nele daquele dia de domingo que ele jamais conseguiu abandonar por completo.
Ele era quieto. Gostava de escrever – era sua arte. Era apaixonado por carros, jogos de cartas e tinha muitos vícios vagos. Conversava de igual para igual com seus avós, discutia a época em que seus pais viveram e compartilhava as mesmas paixões pueris das crianças que conhecia. Ouvia música, muita música. Passava a maior parte do tempo preso nas miragens que construía em quatro compassos e algumas notas. Dominaria o mundo se fosse sensato, mas preferiu ver seus romances e palavras de amor além dos pedaços de papel.
Sim, ela também era quieta. Também gostava de escrever, mas sua arte era simplesmente ser ela mesma. Com todas as suas minúcias, todas as suas complicações. Era inteligente e inconstante, sempre ao mesmo tempo. Era menina e mulher, única em qualquer aspecto. Seria capaz de colocar o mundo a seus pés, mas decidiu que queria conquistar apenas seu mundo. E sorria por isso, todo o tempo. O sorriso mais plástico que há de se encontrar.
Romances e amores nos consomem. Porque são fortes, robustos, carregados. Possuem muito mais vida do que podemos, de fato, suportar. Nos vemos presos em furacões de sentidos, sensações e sentimentos. Acabamos com os romances e com os amores do mesmo jeito que somos totalmente destruídos por eles – sem jamais nos tornarmos capazes de entender a magnitude e grandiosidade que nos é proporcionada. Somos pequenos o suficiente para dar fim às coisas que simplesmente nos dariam mais vida.
Deveria ser algo imensamente triste, mas não é. Não é porque também não nos encontramos apoiados em bases sólidas o suficiente para dar cabo de nossos romances e amores. Porque, quando terminam, eles se fazem sólidos, sinceros. Chegam a fazer sentido – o que prova que só somos realmente felizes quando somos dominados por arroubos de plena insensatez, afinal, o amor não foi feito para fazer sentido. Jamais morrem porque simplesmente não deixamos. A memória se encarrega de torna-los espetaculares. Sensacionais. Seriam inacreditáveis se não fossem nossos, e, por isso, terminam sendo inesquecíveis.


Ainda falta um pedaço - vulgo maior parte do texto. Mas é um começo.

Porque esse mês tem tudo pra ser realmente louvável. Finalmente.

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Hehehehehehehehhehehe..ja começou estranho pra mim..hahahhahahaha
Mia pra mim gatão!

7/11/06 23:03  
Anonymous Anônimo said...

entrei de gansa no seu blog e adorei seus textos, pra variar um pouquinho...
agora me explica como eu vou competir com você?
vida lôka negão! É NÓI!

bjinhos!
=*

10/11/06 00:10  
Anonymous Anônimo said...

Fala nescau!
Gostei dos seus textos cara,parabens.
Abraco!

14/11/06 20:04  
Anonymous Anônimo said...

Ai, o amor. Pois eh. Essa coisa estranha q de repente deixa a gente bobo, parecendo criança mesmo. Pensa no q nao deve, quer o q nao pode.
E, por mais q esmiucemos o sentimento em si, nunca vamos entender o q ele eh. Ainda bem, pq ele nao foi feito pra ser entendido =]

19/11/06 01:30  

Postar um comentário

<< Home